Realizada de forma ininterrupta desde 1981, a tradicional Coxilha Nativista premiou na madrugada deste domingo (04) os vencedores da 44ª edição do festival, realizado em Cruz Alta, no norte gaúcho.
As 15 músicas finalistas foram apresentadas novamente para o público e jurados no palco Jayme Caetano Braun do Ginásio Municipal no sábado (03). Canto ao Payador, Talvez e A Página em Branco no Livro de Ausência foram as principais premiadas da noite.
Nível internacional
O coordenador de Cultura e Turismo de Cruz Alta, Alex Tormes, afirmou que a qualidade das canções selecionadas para a final foi o que mais chamou atenção nesta edição do festival. De acordo com ele, as letras, os intérpretes, os músicos e o palco se envolveram com o público, dando um brilho a mais para a 44ª edição da Coxilha Nativista.
— Além de apresentar um alto nível, nosso festival mais uma vez serviu para formar novos cantores, compositores, intérpretes e músicos. Tivemos, por exemplo, um intérprete de 16 anos se apresentando no palco principal durante a final. São novos músicos surgindo que manterão nossa estrutura a nível municipal, estadual, nacional e até mesmo internacional, já que recebemos músicas também da Argentina e do Uruguai — destaca Tormes.
Sobre a milonga Canto ao Payador, escrita por Henrique Fernandes e João Paulo Deckert, com interpretação do próprio João e Nando Soares, que foi a grande vencedora do Troféu Erico Verissimo, o coordenador afirma que falar sobre Jayme Caetano Braun foi o que chamou atenção do público e dos jurados.
— Tivemos quatro músicas que o público estava com expectativa de que poderiam ser as finalíssimas. Essa era uma delas. Nosso palco leva o nome de Jayme Caetano Braun, que está no seu centenário, e a letra de Canto ao Payador teve sua sorte, e também conteúdo, de falar sobre ele com uma grande letra, música e melodia — afirmou o coordenador.
Coxilha Nativista é considerado um dos principais festivais de música gaúcha do Rio Grande do Sul. Foi no evento que grandes clássicos da música foram revelados, como Morocha, de Mauro Ferreira e Roberto Ferreira, e Entrando no M’Bororé, de José Sampaio e Elton Saldanha.
Nesta edição, estavam no corpo de jurados Cristiano Fantinel, Vanderlei Ribeiro – Guaikika, Jean Kirchoff, Loma Pereira e Tadeu Martins. Confira abaixo a lista completa de vencedores.
Premiados da noite:
- 1º lugar - Troféu Erico Verissimo: Canto ao Payador, de Henrique Fernandes e João Paulo Deckert. Interpretação de João Paulo Deckert e Nando Soares
- 2º lugar - Troféu Capitão Rodrigo: Talvez, de Adair Rubin de Freitas e Juliano Moreno Rodrigues. Interpretação de Juliano Moreno
- 3º lugar - Troféu Ivonir Machado: A Página em Branco no Livro de Ausência, de Rômulo Chaves e Nilton Ferreira. Interpretação de Nilton Ferreira
- Melhor Indumentária - Troféu Carlos Costa (Costinha): Vanderlei Batista, intérprete de O Progresso na Campanha
- Melhor Conjunto Vocal - Troféu Airton Machado: Ameríndio, de Adão Quevedo e José Éverson da Silveira. Interpretação de Alex Moreira, Robledo Martins e Everson Maré
- Melhor Melodia - Troféu João Maciel: Mais um Dia na Terra, de Carlos Omar Villela Gomes e Émerson Martins Pereira
- Melhor Arranjo - Troféu Janette Costa: Talvez, de Adair Rubin de Freitas e Juliano Moreno Rodrigues. Interpretação de Juliano Moreno
- Melhor Letra - Troféu Rubens Dario Soares: Pare para Pensar, de Chico Saga e Mario Tressoldi
- Melhor Instrumentista - Troféu Arthur Bonilla: Tiago Ribas
- Melhor Intérprete - Troféu Jorge Freitas: Nilton Ferreira
- Melhor Tema Alusivo a Cruz Alta - Troféu Horário Lopes Cortes: Canto de Tropa e Tropeiro, de Igor Silveira e Arison Martins
- Música Mais Popular - Troféu Ivonir Machado: Cruz Alta meu Pago Santo, de Márcio Correa. Interpretação de Márcio Correa