Por Fabiana Arrais, jornalista, e mãe do Eduardo e da “prematurinha” Laís, voluntária na ONG Prematuridade.com
Com as eleições se aproximando, é essencial avaliar quais candidatos à prefeitura representam nossos interesses. Analisar suas propostas e programas de governo é crucial. O eleito deve priorizar o Plano Plurianual de forma transparente.
Um ponto relevante é a lei nº 13.257/2016, que institui o Marco Legal da Primeira Infância, prevendo investimentos para cuidados, saúde e lazer das crianças, especialmente as vulneráveis. O cuidado com bebês prematuros e suas famílias é uma questão prioritária. A extensão da licença-maternidade para mães de prematuros é uma conquista importante.
Para as eleições deste ano, propomos uma agenda que priorize as crianças de zero a seis anos e suas famílias, especialmente as de prematuros
Políticas públicas integradas são fundamentais para o desenvolvimento saudável dos bebês prematuros e o suporte às famílias. Estudos mostram que mulheres negras e indígenas enfrentam maiores chances de partos prematuros devido a fatores socioeconômicos e estruturais, como acesso desigual à saúde e discriminação racial.
A atenção à infância, especialmente às mais vulneráveis, é respaldada por várias políticas nacionais e internacionais. Contudo, ainda há disparidades que evidenciam a urgência de políticas de saúde pública que enfrentem as iniquidades raciais. O atendimento interdisciplinar humanizado e de qualidade após a alta hospitalar, com profissionais capacitados, é essencial para diagnósticos e intervenções precoces, reduzindo a mortalidade e sequelas relacionadas ao nascimento prematuro.
A ampliação de creches melhora o desenvolvimento cognitivo, físico e social das crianças, além de apoiar famílias vulneráveis. Para as eleições deste ano, propomos uma agenda que priorize as crianças de zero a seis anos e suas famílias, especialmente as de prematuros.