São fartas as razões para suspeitar de que o resultado proclamado da eleição presidencial da Venezuela não traduz com fidelidade a vontade popular. Sequer se trata de desconfianças alardeadas somente por países com governantes identificados com a direita. Mesmo nações hoje lideradas pela esquerda, como Chile, Colômbia, Espanha, manifestam sérios questionamentos sobre a lisura processo. Conforme os números oficiais, divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, no momento em que a apuração estava 80% concluída, o autocrata Nicolás Maduro alcançava 51,2% dos votos. O oposicionista Edmundo González chegava a 44%. Os percentuais divergem da grande maioria das pesquisas de intenção de voto anteriores ao pleito.
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Uma eleição nada crível
A falta de transparência do órgão eleitoral, controlado pelo regime de Maduro, só reforça a suspeição de fraude em relação à contagem
GZH