Por Thômaz Nunnenkamp, vice-presidente do Ciergs e presidente do Sindicato das Empresas do Complexo Industrial da Saúde no Estado do Rio Grande do Sul (Sindicis)
Ontem, hoje, amanhã. O tempo parece estar passando de forma diferente nos últimos dias. Segundos começaram a ser medidos em centímetros de elevação das águas. Minutos são contados na busca de soluções para o nosso Estado. Horas parecem uma eternidade para um futuro que precisa acontecer.
Ontem, estivemos em Brasília entregando ao vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, um documento da indústria gaúcha para a reconstrução do Rio Grande do Sul: num total de 47 pontos, movimentos práticos para colocar nossa economia de pé e rumo à recuperação. Fomos bem recebidos. E mais: temos a convicção de que fomos compreendidos. Está claro para todos que precisamos de medidas proporcionais a tudo que estamos passando. Por intermédio dos pleitos, buscamos contemplar diversas áreas, tais como emprego, tributos, crédito e infraestrutura.
A infraestrutura necessita ser reconstruída e reestruturada. Para recuperar o parque fabril, vamos precisar de uma injeção significativa de recursos
Na parte do emprego, uma das maiores preocupações é que possamos preservar a geração de renda e a dignidade de quem trabalha. Dar sustentabilidade às empresas garantirá esses pontos. Para isso, precisaremos de flexibilidade, tratando cada situação da melhor forma. Enfrentamos e enfrentaremos momentos diferentes.
No que tange aos tributos, fomos ousados e proporcionais à situação. Sim: é fundamental um apoio significativo do governo federal e temos certeza da sensibilidade. Serão medidas extraordinárias para desonerar as empresas, dar maior capacidade financeira e de competitividade.
No crédito e na infraestrutura, serão importantes medidas especiais – tanto nas condições como no acesso e na agilidade. Entendemos que o crédito será vital para as etapas que estamos passando e as futuras. A infraestrutura necessita ser reconstruída e reestruturada. Para recuperar o parque fabril, vamos precisar de uma injeção significativa de recursos, bem como de verba para estruturação dos estoques, retomada das produções e de toda a dinâmica de trabalho das empresas.
A indústria gaúcha tem a capacidade de se fazer presente nesse cenário. Se ontem estivemos em Brasília defendendo nosso Estado, hoje estamos de volta a nossa terra prontos para seguir na reconstrução, para criar um amanhã que o Rio Grande do Sul merece: seguro, sustentável e próspero.