Por Vicente Bogo, candidato a governador pelo PSB
Em 42 dos últimos 50 anos, o Estado gastou mais do que arrecadou. Federalizou a maior parte das dívidas com a União fechando um acordo, em 1998, totalizando R$ 9 bilhões. Porém, alguns dos governos seguintes não pagaram todas as parcelas e, hoje, a conta está em mais de R$ 75 bilhões.
Em 2021, com a adesão ao regime de recuperação fiscal, o atual governo acabou submetendo o RS ao controle federal. Para piorar, neste ano, o governo federal reduziu o ICMS sobre combustíveis, energia e telecomunicações para 17%, causando enorme perda de receita. A perda para este ano está estimada em R$ 2,4 bilhões, e para o próximo, o dobro.
Entendo que é preciso atuar em várias frentes para superarmos as mazelas e os desafios que se apresentam
O atual governo do Estado vinha propagandeando que tinha “virado o jogo”, colocado as contas em dia, mas isso não se reflete na proposta orçamentária do Estado enviada para a Assembleia Legislativa, com déficit de R$ 3,7 bilhões previsto para 2023.
Para além da crise nas finanças públicas, vivemos tempos difíceis, com ameaças à democracia, degradação do ambiente político e da representação popular, falta de transparência e de diálogo com a sociedade e a ausência de um projeto de desenvolvimento para nosso Estado.
É impossível ficar alheio a esta realidade e a tantos problemas e injustiças que a sociedade enfrenta. Eis a razão de me colocar à disposição do partido, o PSB, para contribuir na busca de soluções, assumindo o desafio do governo.
Tenho experiência ampla na vida política e pública. Fui vereador, vice-prefeito de Santa Rosa, deputado federal constituinte, vice-governador do Estado, dirigente de empresas públicas e privadas. E, por formação, sou professor e humanista.
Entendo que é preciso atuar em várias frentes para superarmos as mazelas e os desafios que se apresentam. Construir solução plausível para o endividamento do Estado e garantir o equilíbrio fiscal. Definir um projeto de futuro com a participação da sociedade, levando em conta as peculiaridades regionais e locais.
Ser humanista é colocar as pessoas em primeiro lugar.
Estou pronto. Sou pessoa de diálogo e irei buscar a sinergia de todos, olhando para o futuro e cuidando do presente.
*Até o dia 21, GZH publicará artigos de oito candidatos a governador do RS. Foram convidados a responder por que querem governar o Estado os postulantes de partidos com ao menos cinco representantes no Congresso. A ordem de publicação é alfabética, conforme o nome que será apresentado na urna.