Até poderia ser espantosa a justificativa do líder do governo na Câmara sobre os motivos que segundo ele travam as reformas no Congresso se não fosse pronunciada por um prócer do centrão. Mas Ricardo Barros (PP-PR) apenas escancarou o modus operandi de seu grupo político ao sustentar que pautas essenciais para a saúde das finanças públicas no país e para destravar o crescimento deixam de avançar porque o governo não consegue fazer a contento o toma lá dá cá. Segundo o deputado, órgãos de controle como Ministério Público, Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria-Geral da União (CGU) exageram no ativismo e trancam a liberação de verbas para obras indicadas por parlamentares, que assim ficam insatisfeitos e não votam com o Planalto. É o "apagão das canetas", batizou o deputado.
Opinião da RBS
O apagão das canetas
Para um número razoável de legisladores, à frente da tarefa inadiável de solucionar os graves entraves ao desenvolvimento do Brasil estão os seus interesses paroquiais
GZH