Por Daniel R. Randon, presidente e CEO das Empresas Randon
Por mais previsível que seja o amanhã nas questões econômicas mundiais, com a disponibilidade de variadas métricas, o caso sintomático do coronavírus traz interessantes lições e enormes desafios.
Não se trata de um caso isolado na China, com algum reflexo em outros países por conta da mobilidade das pessoas. O que acontece na China também impacta o nosso dia a dia.
O Coronavírus vai afetar a economia mundial com maior ou menor intensidade em cada mercado, da mesma forma como já vivenciamos no passado outros surtos, alguns até mesmo mais letais. Porém, o mundo está cada vez mais conectado, mesmo que muitos governantes teimem em fechar suas fronteiras indo contra um movimento sem volta. Acontecimentos como estes – e outros tantos – evidenciam a total conectividade global. Isto comprova ainda mais o famoso Efeito Borboleta, o qual o bater de asas de uma simples borboleta pode influenciar e mudar o curso das coisas, podendo causar um caos.
Ainda que recente, o fato mobilizou os pesquisadores de diferentes origens e com assombrosa rapidez. Trata-se de um louvável esforço conjunto pelo desenvolvimento de uma vacina que neutralize o vírus. Ponto para a ciência, ganho para a humanidade. Também assistimos o surgimento de heróis, como o médico que morreu na quinta-feira, um dos que fez os primeiros alertas sobre um possível surto do vírus.
Que aprendamos que é preciso inovar sempre diante das volatilidades apresentadas pelo Planeta, sem espaço para o tradicional e ultrapassado modelo burocrático. Os governos precisam dedicar mais tempo para os necessários planos de emergência. Inspiração e modelos estão disponíveis, inclusive agora na China que em prazo-relâmpago de 10 dias montou dois hospitais para dar conta da crise na saúde.
As ações e o ritmo do enfrentamento, impostos pelo Coronavírus, deixam aprendizado para que nos preparemos, cada vez mais, para outras epidemias e tragédias que possam vir nesse mundo em constante mutação.
Na crise, parece que o mundo consegue dar as mãos! Alguém ouviu falar de conflitos entre países nas últimas semanas?