Por Rui Vicente Oppermann, reitor da UFRGS
Reitores de universidades federais do Rio Grande do Sul foram, no dia 24 de setembro, a Brasília para solicitar a deputados gaúchos que apresentem propostas de Emenda Parlamentar de Bancada definidas pelas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) do estado, visando a investimentos na área de eficiência energética.
A elaboração conjunta de um projeto para o incremento de fontes de energia renováveis inclui a instalação, nas universidades, de usinas de geração fotovoltaica. Essas usinas servem a diferentes fins, sendo o mais relevante a produção de energia elétrica limpa e barata, levando à redução de custo no item que representa hoje o maior gasto para as universidades. Tal tecnologia está acessível até mesmo ao consumidor individual; nas universidades, porém, esses projetos também têm objetivos estratégicos, como utilizar o aprendizado oriundo dos cursos de Engenharia de Energia e de Gestão de Energia; aproveitar o conhecimento científico e tecnológico constituído por pesquisadores e produzir e aprimorar tecnologias e inovações voltadas ao melhor uso da energia solar.
Certamente, IFES podem otimizar os processos de geração, armazenamento e distribuição energética, que, em geral, são oferecidos com baixa complexidade tecnológica e cujo consumo, embora seja cada vez maior, é ainda inacessível ou insuficiente em muitos locais do estado. Dessa forma, acreditamos que essa iniciativa, além de melhorar a gestão das universidades, oferece oportunidade para que os municípios possam se apropriar de novas tecnologias e inovações e, assim, oferecer energia de melhor qualidade e em maior quantidade.
As universidades federais são responsáveis por mais de 90% das pesquisas feitas no país e têm a grande responsabilidade de, em parceria com instituições públicas e privadas, tornar as tecnologias acessíveis à população. Potencializar nossas capacidades individuais para produzir inovação aliada à sustentabilidade é um exemplo de como podemos contribuir para o desenvolvimento Brasil e, particularmente, do Rio Grande do Sul, já que essas instituições têm participação histórica em seu crescimento.