Por Ricardo Felizzola, CEO do Grupo PARIT S/A
Parece que vivemos num mundo onde se produz cada vez mais gás carbônico (CO2). São emissões da queima de combustível fóssil. Também parece que mais crianças morrem por balas perdidas na luta entre dois exércitos: policiais tentando impor a lei nas favelas do Rio e traficantes operando estas comunidades numa ditadura local forjada à bala. São notícias que se relacionam com a Amazônia e uma solução referente a segurança no país expressa na câmara dos deputados pelo projeto do ministro Moro. Os políticos e outros personagens institucionais encarregados, principalmente os mais cretinos, saltam logo via seus canais parceiros de comunicação para ressaltar o óbvio e estabelecer desafios de que não se deve mudar a atitude justamente em relação ao meio ambiente e a segurança. No fim os eventos descritos servem para, de forma continuada, minar o processo de transformações que nossa sociedade precisa para se desenvolver e mudar o rumo nefasto por onde vinha.
A causa das queimadas na Amazônia que são a corrupção e a ineficácia crônica do Estado brasileiro com o crime organizado extraindo madeira e ocupando terras do governo. A violência no Rio de Janeiro deve-se ao populismo de governantes ( na sua maioria corruptos já condenados) aliado a falta de planejamento urbano gerando favelas de dimensões colossais que se tornaram ambiente propício para a multiplicação do crime. Muito cuidado portanto na avaliação de tudo o que acontece. Cautela para que efeitos não se tornem causas falsas que exijam da sociedade qualquer tipo de mobilização para tudo voltar a ser como antes e alimentar assim a filosofia de "bandido livre".
O país vive uma crise de valores. Eles fazem falta para atores que invertem totalmente a avaliação do que se passa. Exploram-se tragédias pontuais diante da índole sentimental do brasileiro e os vampiros de plantão estão prontos para apontar responsabilidade moral onde ocorrem erros operacionais. A visão da mudança não pode ser alterada . A verdade é que temos de avançar com a legislação na segurança e que a nossa Amazônia precisa desenvolver-se de forma sustentável colaborando para o clima global.