Dois fatos promissores relacionados a obras emperradas ainda da Copa de 2014 significam um alento para os porto-alegrenses e os gaúchos de maneira geral que costumam circular pela Capital. Um deles, meritório e quase inacreditável, é o esforço da comunidade para liberar a Trincheira da Avenida Cristóvão Colombo, paralisada por quase dois anos. Outro é a afirmação do prefeito Nelson Marchezan, em entrevista ao Gaúcha Atualidade, de que o município dispõe agora dos recursos necessários para concluir as obras da Copa.
Cada vez mais, os contribuintes precisam cobrar que o poder público se planeje com mais eficiência
O prefeito citou as dificuldades financeiras do Executivo, que precisa complementar o valor repassado pelos financiamentos, como fatores responsáveis pelo atraso. Entre os demais, e que precisam ser levados mais em conta na fase de planejamento, estão os aditivos de prazo e de projeto, falência de empreiteiras e apontamentos feitos pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Foi justamente a carência financeira do setor público municipal, em boa parte devido aos elevados compromissos com o pagamento da folha dos servidores, que motivou um grupo de porto-alegrenses a substituir as queixas por ações concretas, que culminaram na tão aguardada liberação da passagem. O exemplo precisa servir de motivação não apenas para outras obras inconclusas da Capital, mas também de outras regiões do Estado, sempre que o poder público falhar na atenção a questões que são prioritárias para a população.
Cada vez mais, os contribuintes precisam cobrar que o poder público se planeje com mais eficiência. E é preciso vigiar para que só sejam iniciados empreendimentos com as dotações orçamentárias necessárias para concluí-los rigorosamente dentro dos prazos previstos.