Por Miguel Rossetto, candidato a governador em 2018 pelo PT
Respeitar a soberania popular é a obrigação de todos os partidos e organizações políticas. O povo gaúcho escolheu soberanamente um novo governo e sua vontade deve ser respeitada. Mas, ao fazer sua escolha, nos elegeu também para exercermos o papel da oposição, fazendo do PT a maior bancada estadual e federal e elegendo um senador. Seguimos como uma grande força política no Rio Grande do Sul.
O papel da oposição é também um fundamento da democracia. É garantir o contraditório e a fiscalização necessária para o exercício da soberania popular. É esse papel que exerceremos com lealdade, mas com toda a contundência necessária.
Não houve, por exemplo, mandato popular para a privatização das estatais gaúchas, como o Banrisul e a Corsan. Vamos garantir no parlamento e no debate público o exercício dessa opção. Foi assegurado que as áreas vitais para a população, como segurança, saúde e educação teriam os recursos necessários para sua qualificação. Vamos disputar incessantemente que assim seja feito.
Temos muito a contribuir para com o Rio Grande e o país, e vamos fazê-lo com toda a nossa responsabilidade. Por isto, já solicitamos no Congresso Nacional o regime de urgência para a votação da regulamentação de perdas da Lei Kandir, que trarão quase R$ 4 bilhões ao ano para o Rio Grande. Aguardamos que o partido do governador eleito, o PSDB, faça o mesmo.
É preciso acabar com a guerra fiscal em nível nacional, que prejudica a nossa economia e elimina as receitas públicas necessárias. O Rio Grande precisa retomar já o caminho do desenvolvimento, depois de quatro anos trágicos de estagnação, responsável pelo atual desemprego e empobrecimento do povo gaúcho. Para isto, o Rio Grande vai contar conosco.
Defenderemos os interesses dos gaúchos tanto aqui no Estado quanto no cenário nacional. A democracia e os interesses do povo são princípios de que não abrimos mão. É desta forma que exerceremos a necessária oposição democrática.