Recém lançada, a campanha do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS) conclama o eleitorado a se tornar protagonista do processo que vai culminar no pleito de outubro. Quem não pretende se limitar a mero espectador dessa etapa, precisa apostar acima de tudo na importância da informação para assegurar escolhas mais conscientes. Assim como outras campanhas ligadas às eleições 2018, entre as quais a da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a da Justiça Eleitoral tem uma preocupação central: evitar que o eleitor, por desmotivação, ou pela constatação de que as regras eleitorais dão pouca margem à renovação, acabe desperdiçando seu voto. Esse é o tipo de decisão que, embora seja individual, tem consequências coletivas.
Pesquisa de opinião pública realizada pelo Ibope constatou que nada menos de seis em cada dez cidadãos acabam decidindo seu voto no último momento – portanto, sem qualquer planejamento. Uma eleição atípica como a deste ano, com novas regras de financiamento e um curto período de campanha, porém, exige ainda mais atenção. Para se definir com segurança, é importante que o eleitor recorra aos veículos de informação, que dão ampla cobertura sobre o processo eleitoral, a partir de debates, entrevistas e reportagens. É a forma de o cidadão se inteirar melhor sobre candidaturas, sem se deixar levar por falsas informações, que encontram um espaço favorável na internet.
Diferentemente das redes sociais, na qual a informação aparece dispersa e deve sempre suscitar dúvidas, nos veículos de comunicação as notícias são conferidas e hierarquizadas. E, cada vez mais, a mídia vem assumindo também a responsabilidade de checar tanto o que tem de verdade ou não no discurso de candidatos quanto a autenticidade do que os próprios políticos ou seus apoiadores costumam disseminar por meios eletrônicos. Frequentemente, o que circula pelas redes se constitui em conteúdo falso. Isso implica o risco até mesmo de comprometer a campanha eleitoral e lançar dúvidas sobre o resultado das urnas, como já ocorreu em democracias mais consolidadas que a brasileira, incluindo a norte-americana.
Um dos pressupostos para não errar o voto em outubro é o eleitor buscar o máximo de informação sobre seus potenciais candidatos, e em fontes confiáveis. O país precisa de cidadãos bem preparados e esclarecidos para fazer com que o pleito de outubro possa realmente contribuir para o fortalecimento da democracia.