A reabertura do Hospital Beneficência Portuguesa, que nesse primeiro momento atenderá pacientes de pronto-atendimento e de convênios, é um fato a ser comemorado pelos gaúchos. Diante das dificuldades enfrentadas pela instituição, a retomada das atividades só foi possível devido à mobilização da sociedade civil, com o apoio institucional do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers). O exemplo deve inspirar outras iniciativas no Estado, que precisa abrir mais hospitais, não fechá-los.
No caso específico, os gaúchos estiveram na iminência de perder uma de suas instituições mais tradicionais na área de saúde. O esforço para contornar a série crise financeira culminou na definição da escolha da Associação Beneficente São Miguel (ABSM), sediada em Gramado, para assumir a administração do estabelecimento.
Agora, é preciso manter a luta para que seja retomado o convênio com a Prefeitura de Porto Alegre, suspenso devido a questões financeiras. Isso permitirá a volta do atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, em consequência, irá ampliar gradativamente o número de leitos.
Além de apoiarem a plena retomada da instituição, representantes da sociedade precisam se valer desse exemplo em outras situações semelhantes. Houve um momento em que o fechamento do Beneficência parecia inevitável. A determinação de quem lutou para salvá-lo conseguiu demonstrar que não era.