Tudo que fazemos na vida requer a presença de outra pessoa. No caso da nossa sociedade, é desejável que se encontre não apenas pessoas, mas cidadãos. Viver em sociedade requer muita negociação e respeito. Entretanto, nos dias atuais, esta prática parece ser cada vez mais difícil para os cidadãos brasileiros.
Em especial e de forma evidente, é interessante percebermos que, quando participamos da mobilidade urbana, modificamos nosso modo de pensar e agir. Pensamos e agimos como se fossemos "donos das ruas".
Parafraseando o autor da cantiga infantil "Se essa rua fosse minha", a rua não é sua! É um bem comum!
Ao participarmos da mobilidade urbana, ingressamos em uma luta solitária, buscando atender e suprir nossas necessidades de deslocamento para a realização das atividades cotidianas. E, para atender as demandas prosaicas, percebe-se um comportamento agressivo nas ruas da cidade.
O interessante é que na guerra do trânsito, não parece haver "lado". O lado dos motoristas ou o lado dos pedestres, por exemplo. Os motoristas guerreiam com os demais motoristas. Inevitavelmente, trancam cruzamentos, não sinalizam e não dão passagem, por exemplo.
O confronto no trânsito parece ser motivado pela falta de respeito uns com os outros. Para que tenhamos uma trégua na guerra que estabeleceu no trânsito, acredita-se deve haver uma mudança no comportamento dos indivíduos.
Sabe-se que a formação de indivíduos cidadãos sé dá na mais tenra idade. Inclusive o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) já pressupôs em seus primórdios, através da Lei nº 9.503 de 23 de Setembro de 1997 (Art. 76), que a educação para o trânsito deve ser promovida na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
O que está faltando para que nossas crianças sejam educadas para o convívio em sociedade? Se quisermos, em um futuro próximo, paz no trânsito, eduquemos nossos pequenos agora.
Parafraseando o autor da cantiga infantil "Se essa rua fosse minha", a rua não é sua! É um bem comum! Até as crianças devem saber disso!