Como tudo que anda mal ainda pode piorar, o sistema prisional brasileiro não cansa de nos surpreender.
Começaram a botar fogo nos presídios das cidades de porte médio, na esperança de que os juízes das execuções os remetam para casa.
Agora, não contentes em comandar as cadeias de dentro das galerias, de tanto assistir casos das famigeradas prisões domiciliares, com pseudo monitoramento por tornozeleiras eletrônicas, fato que constitui uma verdadeira piada, os cativos do interior descobriram uma nova fórmula para passar ao regime semiaberto, que importa em verdadeira liberdade para delinquir, eis que praticamente ficam sem qualquer controle.
Eles simplesmente começaram a botar fogo nos presídios das cidades de porte médio, na esperança de que os juízes das execuções os remetam para casa.
Se a moda colar, estamos perdidos.
De há muito já advertíamos que as cadeias são verdadeiras pocilgas por culpa dos próprios apenados, que insistem em destruir tais estabelecimentos, através de vários expedientes, como rebeliões, realização de buracos nas estruturas, depredação por pura vilania etc.
Esse, aliás, é o motivo pelo qual a sociedade brasileira resiste em despender recursos na recuperação das penitenciárias, uma vez que sempre que restauradas, simplesmente voltam a ser destruídas.
Agora, a depredação é intencional e orquestrada, sendo que tal proceder, como é mais do que evidente, deve ser exemplarmente reprimido, não podendo ser tolerado pelo Poder Judiciário ou pela Administração Penitenciaria.
Além de seus responsáveis terem de regredir de regime, devem ser enviados a presídios federais, longe do Estado, sendo denunciados pelos novos ilícitos praticados, bem como as estruturas destruídas, sempre que possível, devem ser recuperadas com dinheiro proveniente dessas próprias organizações criminosas.
Premiar tais facínoras com prisão domiciliar, sem qualquer controle, além de estimular esse proceder pernicioso, aumentaria e muito a gravíssima crise de insegurança que reina nas cidades gaúchas.