Adiada por um ano, a Bienal do Mercosul já está com sua 11ª edição à disposição dos interessados, adaptada aos tempos de incerteza e de pouco dinheiro, mas sem prejuízo das suas intenções de levar arte em suas diferentes manifestações ao grande público.
A promoção segue uma trajetória semelhante à da Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo, que também deixou de ser realizada momentaneamente, mas retornou em seguida, mantendo-se como uma referência nessa área. Ganham os gaúchos e os visitantes com essas iniciativas que acabam contribuindo para elevar o Rio Grande do Sul à condição de polo cultural.
Assim como a Bienal, que estará aberta ao público a partir de hoje, outras referências culturais passam por ajustes, mas seguem cumprindo o seu papel perante o público. A Fundação Iberê Camargo se reinventou, o Multipalco segue em marcha lenta, mas se mantém. Já a Ospa, com a Casa da Música, passou finalmente a contar com um espaço próprio, um sonho mantido desde meados do século passado.
Do Porto Alegre em Cena ao Porto Verão Alegre, passando pelo Fronteiras do Pensamento e as possibilidades que podem surgir com o Cais Mauá, as perspectivas no âmbito cultural seguem promissoras, mesmo com a retração financeira. Entre elas, incluem-se as atividades do Instituto Ling, que já surgiu com a preocupação de ser sustentável e, por isso, firma-se como modelo a ser seguido, nessa e em outras áreas.