Mais um setor começa a passar por severa disrupção: o de locação de veículos. Assim como o Uber bagunçou completamente a vida dos taxistas, o aplicativo Turo está fazendo o mesmo com as locadoras de carros. Com ele, qualquer pessoa que tenha carro pode alugá-lo nos momentos em que não está utilizando. Como estudos mundiais mostram que nossos carros ficam parados 80% do tempo – pois estamos dormindo, trabalhando, viajando etc – sobra muito para outros utilizarem. Esse app já é usado em 4,7 mil cidades e 300 aeroportos dos Estados Unidos, Canadá, Alemanha e Inglaterra. Podemos escolher, entre milhares de carros de anfitriões locais, aquele especial de que precisamos. Desde um Fiat 500 por US$ 14 por dia até uma Maserati, por US$ 81, passando por um Mustang por US$ 51, um Audi TT superesportivo por US$ 55, uma BMW 7 por US$179, um Porsche 911 por U$ 509 ou um Rolls Royce por US$ 679. Além disso, podemos alugar caminhões e SUVs. Em média, são 35% mais baratos do que os de locadoras tradicionais.
O processo é bem simples. Se o cliente é novo, precisa ser aprovado como motorista, a partir de uma investigação do seu perfil, feita por meio do Google ou Facebook. A partir daí, ele entra no aplicativo, escolhe e combina com o dono onde vai pegar e onde vai entregar o veículo. O Turo protege os carros com um seguro de até US$ 1 milhão. Conheço gente em Miami que só usa o carro dos outros, com o Turo no seu di a dia de trabalho e de lazer, gastando menos até do que se usasse o Uber. Com isso, muita gente está fazendo dinheiro sem virar motorista do Uber. Esse é mais um exemplo de como a tecnologia está barateando nossa vida, otimizando o uso de estruturas já existentes e colaborando com o planeta! Mas, a exemplo do Airbnb, a reputação de quem aluga e de quem vai alugar conta muito. Se houver algum problema com o passado do locador ou locatário, sua reputação fica comprometida para uma série de outros usos e ele será rejeitado em muita coisa. Se isso funcionaria no Brasil, país com altos índices de roubos de carros e todo tipo de pilantragem, é outra questão.