Há uma grave crise no Brasil. A falta de crescimento econômico é somada à desindustrialização e estagnação dos investimentos produtivos. A economia está refém do rentismo financeiro, lugar da prática das mais altas taxas de juros do mundo. Voltamos a ser um país agroexportador, dependente de commodities agrícolas e minerais.
Essa situação econômica produziu uma crise social, com o aumento do desemprego e a falta de moradia. Os(as) trabalhadores(as) sofrem com a violência nas grandes cidades, resultado do agravamento dos índices de desigualdade social. Apenas seis grandes capitalistas do Brasil ganham mais do que os 102 milhões de brasileiros mais pobres.
A burguesia, apenas 1% dos brasileiros, tem que parar de fazer teatro midiático e judicial
A crise política é resultado dessa conjuntura. O golpe, com a deposição de um governo legítimo, objetivou o controle de todos os poderes para que a burguesia tomasse as medidas legislativas e econômicas que jogam o peso da crise econômica sobre a classe trabalhadora.
O golpismo atua neste cenário. A Operação Lava-Jato, que visava a apenas investigar casos de corrupção da Petrobras, fugiu dos rigores da lei e da Constituição para servir a interesses não explicados do capital estrangeiro e das empresas transnacionais estadunidenses. Teve como missão inviabilizar quase todas as empresas de construção civil; levou à falência as empresas da indústria naval, inclusive as que operavam em Rio Grande. Entregou o pré-sal a empresas estrangeiras.
Agora, a Lava-Jato serve para consolidar o golpe, através do impedimento da candidatura de Lula. Trata-se de um processo manipulado, sem provas, que conta com parte do Judiciário e com a ajuda da mídia, principalmente a Rede Globo. Esse processo não é judicial! É uma tentativa de impedir que os trabalhadores, 85% da população, tenham candidato. Lula não é mais candidato do PT. Lula representa toda a classe trabalhadora.
A burguesia, apenas 1% dos brasileiros, tem que parar de fazer teatro midiático e judicial. Escolham seus candidatos e disputem ideias com o povo! A saída da crise é um novo projeto para o país, que será decidido nas urnas. Não em tribunais, por meia dúzia de plutocratas.