* Advogado, gerente da Amcham Porto Alegre
Nossa cultura empreendedora já não é exemplo a toda terra há um bom tempo. Às vésperas da indústria 4.0, não podemos nos dar ao luxo de delegar responsabilidades. Para voltarmos a ter competitividade, precisaremos construir um futuro empreendedor no Rio Grande do Sul. O renascimento da cultura empresarial brasileira não é uma opção, mas uma necessidade.
Neste sentido, a tecnologia é uma premissa da nova economia. Em breve, não ter habilidades computacionais será similar ao analfabetismo. Urge a pauta: como ampliar o acesso ao conhecimento, que gera a capacidade de promover tecnologia a todos?
O Rio Grande do Sul tem sofrido com um abandono silencioso: talentos têm buscado novos ares mais seguros e interessantes para brilhar. Gaúchos buscam o Vale do Silício; os de lá não estão migrando para cá. Vislumbramos máquinas substituindo trabalhos repetitivos, mas serão necessárias pessoas ainda mais qualificadas que conectam diferentes realidades. Renascer é nos tornar atraentes para os talentos.
O passado que orgulha a tantos teve raízes pioneiras. Novos caminhos, exigem o parto de uma cultura empreendedora, percebendo o empreendedorismo não como a multiplicação dos CNPJs, mas como mentalidade que entende dez erros e um acerto como muito mais do que nenhum erro e nenhum acerto. Além disso, é necessário conectar as startups às grandes empresas.
O renascimento da sociedade brasileira passa pelo desenvolvimento de empresas com pensamento global, baseado em tecnologias e modelos de negócios disruptivos – o povo brasileiro precisa disso. Nosso desenvolvimento depende de um empreendedorismo inovador, altamente qualificado. Estamos atrasados, mas ainda há tempo. Para o renascimento 4.0 da nossa economia, é preciso estabelecer prioridades, sabendo que serão os talentos que protagonizarão este futuro. E que essa responsabilidade é nossa.