Outro dia vi um vídeo que me impressionou muito. Nele, uma sequência de robôs tentava pegar um objeto delicado. A cada tentativa de um robô com suas pinças (mãos), todos aprendiam automaticamente. Fui conversar com meu amigo Evaristo Mascarenhas, CEO da Almawave, empresa italiana de Inteligência Artificial e meu colega consultor na Hyper Island. Ele me disse que desde 1950 estamos tentando humanizar as máquinas, quando Alan Turing criou um teste para ver a inteligência de um computador e descobrir se poderia ter comportamento inteligente como um ser humano. Isso é a Inteligência Artificial (IA). Como nem sempre o humano é inteligente, às vezes, as máquinas levam vantagem! Elas têm memória perfeita, não têm medo de nada, são lógicas e podem ser programadas. Nós, humanos, somos emocionais, esquecemos muitas coisas, às vezes temos comportamentos irracionais e impulsivos.
A Inteligência Artificial já está muito presente em nossas vidas! Está em jogos, videogames, assistentes conversacionais (robôs que substituem call centers ou fazem companhia e atividades em casa, como o Alexa), interpreta posts da internet (análise automática do que foi dito nas redes sociais sobre uma marca, se foi positivo ou negativo, se houve sarcasmo, humor), identifica objetos e espécies animais, compõe músicas, está nos carros sem motorista, nas casas inteligentes. Netflix, Spotify, Amazon e muitas lojas usam a IA para nos sugerir o que assistir ou comprar. Na última eleição americana, uma empresa de IA indiana previu a vitória de Trump três semanas antes, usando IA para analisar posts na internet!
Até onde isso vai? Teremos terapeutas, médicos, advogados artificiais, que vão se valer de bancos de dados mundiais para nos atender? O filme Ela já sinalizava isso. Os mais pessimistas olham a IA pelo lado da perda de empregos ou que a inteligência computacional possa dominar o mundo, como no filme Exterminador do Futuro. Os otimistas acreditam que vai ajudar o ser humano a não fazer mais trabalhos repetitivos e ter mais tempo de lazer. Como é impossível parar o desenvolvimento científico, melhor é nos cercarmos de cuidados éticos para nortear isso.
O certo é que vamos nos adaptar à nova tecnologia, como aconteceu na revolução industrial e na mecanização da agricultura.