Vistas com reservas em alguns meios, sob alegações pouco consistentes, como a de que podem dar margem a conflitos de interesses, empresas de consultoria com atuação na melhoria da gestão pública em todos os âmbitos da federação firmam-se cada vez mais como um importante mecanismo na busca de eficiência. Essa necessidade fica ainda mais visível em municípios às voltas com dificuldades para colocar em prática programas considerados prioritários, além de instrumentos de definição e de aferição de metas por gestores públicos.
Em Porto Alegre, o prefeito Nelson Marchezan é um exemplo – que já vem sendo seguido em outros municípios gaúchos – de como experiências bem-sucedidas no setor privado podem dar uma contribuição importante para a sociedade. Quando um governante avalia que não dispõe na própria máquina administrativa das condições necessárias para o desenvolvimento de ações específicas, a opção de recorrer a esses mecanismos não tem como ser desconsiderada.
A contratação de empresas de consultoria pelo setor público, desde que cercada de ampla transparência em todas as fases, pode acenar com mais eficiência e menos desperdício. O modelo pode contribuir também para motivar e recompensar os servidores pela dedicação e talento no exercício de suas atribuições.
Denúncias como a de fraudes em concursos públicos em diferentes municípios gaúchos, feitas agora em reportagem de Zero Hora, ratificam a importância dessas consultorias. Com gestão eficiente e transparente, voltada para o bem público, as irregularidades nesses concursos seriam apenas histórias de republiquetas bananeiras.