Ao pedir ao Supremo Tribunal Federal a abertura de investigação das principais autoridades políticas da República, o procurador-geral Rodrigo Janot cumpriu exemplarmente a atribuição do Ministério Público de defender a sociedade e combater a corrupção, mas também colocou o país num brete de governabilidade. Como governantes e congressistas sob suspeição terão disposição e legitimidade para alterar o que o próprio procurador chama de "triste realidade de uma democracia sob ataque e conspurcada na sua essência pela corrupção e pelo abuso do poder econômico e político"?
Editorial
Saída democrática
A segunda lista de Janot, que pede ao Supremo a abertura de investigação das principais autoridades políticas da República, coloca o país num brete de governabilidade.