Alfredo Fedrizzi
A cada artigo ou estudo que leio sobre o futuro do trabalho, lembro das ultrapassadas leis brasileiras de "proteção" ao trabalhador. Contratar no Brasil é caro e arriscado. Paga-se muitos impostos e encargos sociais, custos altíssimos para demitir, além de processos na Justiça do Trabalho. Não há diferença nas leis para micros e pequenas empresas, que geram 52% dos empregos e não podem arcar com a excessiva burocracia e intervencionismo das leis. Contratar passou a ser a última alternativa. Muitos geradores de emprego examinam o corte de escalões e uso de tecnologia, antes de contratar. Ou se recusam a crescer e até vendem suas empresas. Isso ocorre no mesmo momento em que empregar pessoas está se tornando dispensável em muitas atividades. No Brasil, a complexa e desequilibrada "proteção" trabalhista trata os empregados como se ainda estivéssemos na ignorância e no ambiente discriminatório de 1943 (quando a CLT foi criada) e trata os empresários como se fossem bandidos.
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