A sanção da reforma do Ensino Médio, feita ontem pelo presidente Michel Temer, nos coloca diante de uma grande reflexão sobre o futuro de nossos estudantes. A mudança nunca é fácil, mas, na maioria das vezes, é necessária. E com o novo Ensino Médio não é diferente, afinal será uma "nada fácil mudança necessária". Estamos cientes do imenso desafio que está por vir, mas temos a convicção de que nossas escolas, famílias e estudantes saberão lidar e enriquecer o projeto, que traz uma grande conquista ao ensino: maior liberdade às instituições.
Sabemos que a efetiva reforma chegará aos alunos daqui a dois ou até três anos, porém devemos começar hoje mesmo a preparar as nossas escolas, capacitar nossos professores e estudar as novas possibilidades de trabalharmos o currículo do Ensino Médio. Sabemos das dificuldades que vamos encontrar, das resistências e das mudanças de paradigmas. Não só as escolas públicas estaduais e municipais vão precisar se reinventar, a privada também. Cabe apontar aqui uma das principais mudanças da reforma: o aumento da carga horária. É sabido por todos que uma educação de qualidade tem um preço. Se vamos abraçar a ideia de que o ensino integral é o melhor caminho para a qualificação dos nossos jovens, devemos ter em mente que investimentos serão necessários, pelas escolas e pelas famílias.
São muitas as mudanças. E é muito bom ver mudanças que nos levam para o desenvolvimento em um país tão enfraquecido por suas graves crises, sejam política, econômica ou institucional. É papel da escola participar da mudança. Contudo, cabe ao governo neste momento o protagonismo e colocar no papel tudo aquilo que foi construído em parceria com a sociedade. Nós, enquanto Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul, estamos prontos para colaborar e sonhamos com o diálogo aberto e democrático para que prosperem novos rumos para a educação brasileira. Vamos em frente!