O início do ano é frequentemente eleito para definir promessas de atitudes positivas, em um momento tradicional de recomeço. O ritual de renovar sonhos e projetos não existe somente para buscar uma saída para as adversidades do dia a dia, mas para nos manter nos movendo na direção dos objetivos. Pesquisas mostram que saúde e bem-estar estão no topo da lista de resoluções, que costumam ser louváveis, como perder peso, estabelecer rotina de atividade física, parar de fumar ou passar mais tempo com quem nos faz bem. Ganhar mais dinheiro raramente está na lista. As pessoas, portanto, valorizam mais estar de "bem com a vida do que estar bem de vida". O fato real, entretanto, é que as promessas fracassam em proporção muito elevada.
As pessoas querem mudanças, mas não se planejam para implantar estas medidas. Vencer a passividade e estudar planos factíveis são passos básicos. Estabelecer metas e definir planejamento a curto, médio e longo prazo são fundamentais. Cabe mencionar, inclusive, que isso não serve só para a vida pessoal e profissional, mas para políticas públicas de um povo que precisa muito de renovação.
As pessoas estão cansadas de lideranças que se dizem preparadas e, no dia seguinte, se anunciam alarmadas com a realidade. Então, vamos deixar claro: a realidade é, sim, mais dura e complexa do que se imagina na maioria das vezes. As primeiras semanas de janeiro possivelmente vão passar voando e, quando menos se espera, tudo está de volta como era antes e os mesmos erros são repetidos, se não houver planejamento. Sem um projeto, resoluções são simplesmente desejos.
Sugestão para esse novo ano: ao invés de dizer "não tenho tempo" ou "não tenho recursos", troque para "não é minha prioridade". Quando tiver que completar uma tarefa, cuidar da saúde ou mudar sua rotina, a honestidade dessa frase pode contribuir para definir o que é realmente importante na vida. Que seja um ano melhor para todos e que escolham sabiamente suas prioridades!