Ainda que a eleição do empresário Donald Trump assuste o mundo por conta de suas posições populistas, nacionalistas e xenófobas, entre outras pouco edificantes, o primeiro ponto a considerar em relação à surpreendente vitória do republicano é o de que uma democracia sólida não permite aventuras apocalípticas. Trump pode até querer construir um muro na fronteira com o México ou expulsar todos os imigrantes em situação irregular, mas precisará da chancela do Congresso para levar adiante a maioria de seus planos. Além disso, a mesma imprensa que apoiou majoritariamente sua oponente continuará atenta aos seus movimentos, assim como a própria população norte-americana, que dispõe de instrumentos eficientes para fiscalizar seus representantes políticos.
Editorial