Em sua 39ª edição, a Expointer chegou ontem ao fim num ambiente de crise econômica e ainda sem a definição de um cenário político estável, que permita ao agronegócio trabalhar com um horizonte mais claro de médio e longo prazos. Ainda assim, a mostra voltou a afirmar o quanto essa importante atividade da economia gaúcha tem potencial para atenuar as dificuldades do Estado, que, pressionado pelo caos das finanças públicas, não consegue dar respostas necessárias para quem anseia por mais produção e mais emprego.
Os números divulgados ontem mostram que, mesmo as adversidades provocadas aos expositores pelas chuvas, particularmente no caso da agricultura familiar, o balanço é de recuperação em relação ao ano passado. Mais uma vez, os negócios foram puxados pela indústria de máquinas agrícolas, o que é promissor para o setor primário de maneira geral.
Um bom desempenho do segmento de máquinas agrícolas, como o registrado agora, é vital para um Estado que tem na indústria de transformação, e especialmente na área metalmecânica, um dos pontos fortes de sua economia. Além disso, quando o produtor investe em máquinas, acaba contribuindo não apenas para gerar mais emprego nessa área, mas também para aumentar a produtividade, garantindo melhores resultados.
Diante de mais esse feito, é importante que o agronegócio seja devidamente valorizado, o que inclui sobretudo apoio creditício nos volumes e prazos necessários para preservar e ampliar os resultados exibidos agora.