A história das nações reproduz a trajetória biográfica das pessoas. O fim das ilusões e das autoilusões reflete um processo, às vezes doloroso, mas sempre positivo de amadurecimento.
No Brasil, o vácuo de representatividade política, a crise de credibilidade institucional e o colapso do capitalismo de Estado a serviço do projeto lulopetista de perpetuação no poder trazem perdas e aflições, mas também abrem um inédito espaço para líderes que se mostrem dispostos a falar a verdade sobre questões espinhosas, mas indispensáveis e inadiáveis. Questões que os governos de Lula e Dilma varreram para baixo do tapete sob uma névoa anestésica fraudulenta de marketing, enquanto as riquezas da Pátria eram subtraídas em tenebrosas transações.
Questões até pouco tempo consideradas tabus, como as que envolvem a modernização das relações capital-trabalho, sem a qual o país não terá como superar a presente tragédia do desemprego; a adoção de um marco legal claro e estável para a terceirização; a retomada das privatizações, tão demonizadas pela mitologia esquerdopata; o controle da proliferação de sindicatos de fachada, que atuam em benefício exclusivo de dirigentes pelegos; a reforma da Previdência, fundamental para garantir que os aposentados e pensionistas, atuais e futuros, recebam seus benefícios; e a ilusão de que o governo pode continuar, indefinidamente, a gastar muito mais do que arrecada, sem prejuízo algum para esta e as futuras gerações.
Penso que a eficácia na comunicação dessas e outras importantíssimas mensagens dependerá da reputação e da credibilidade de quem se dispuser a jogar esse jogo da verdade com a Nação. Por outro lado, essa mesma disposição de apostar no amadurecimento da sociedade brasileira, ora desperta de um longo sonho que acabou virando pesadelo, e ajudá-la a encarar tantas realidades desagradáveis, fortalecerá a confiança da opinião pública nos líderes que conduzirem esse 'papo reto' numa base de clareza e franqueza.
Hoje, mais do que nunca, sinceridade é poder.