Se há algo que diferencia o governo do PMDB do do PT é o respeito ou não à Lei da Gravidade. Ninguém, de posse de suas faculdades, cogitaria em um tipo de ação que contrariasse essa lei, pois o fracasso seria total. Um segue as regras que regem a economia do mercado, o outro pensa que elas não devem ser obedecidas.
Contudo, não parece ter sido o caso dos que pensaram em elaborar uma "nova matriz econômica", como se fosse possível inventar uma nova Lei da Gravidade. O resultado é palpável: o Brasil quebrou. Se fosse uma empresa, estaria em recuperação judicial.
O governo Dilma, em sua arrogância e desconexão com os fatos, teve ideias "geniais", como a de que bastaria a vontade política de um grupo de militantes que tudo saberia para transformar a física das coisas humanas. O Estado, dirigista ao extremo, seria o veículo de tal mudança ao arrepio completo das regras de uma economia de mercado.
Claro que, concomitantemente, tiveram de maquiar as contas públicas, no que terminou sendo conhecido como contabilidade criativa, a que cria uma realidade inexistente e a "vende" graças a publicitários. De fato, venderam terrenos na Lua. Lu(l)a lá! Alguns compraram. As pedaladas fiscais são, neste sentido, nada mais do que a comprovação desse mundo avesso à verdade.
O que está fazendo o governo Temer, neste seu primeiro momento, anterior ao do julgamento definitivo do impeachment, consiste em nada mais do que adequar o governo e o Estado aos princípios que regem a Lei da Gravidade das coisas humanas. Não briga com os fatos, nem com os números.
As medidas da equipe econômica, em particular a que estabelece um teto para os gastos públicos, seguem esse recentramento a princípios que deveriam nortear qualquer administrador público. Apenas néscios e teimosos podem pensar que um Estado pode sobreviver em um longo espaço de tempo gastando crescentemente mais do que arrecada. Um dia a realidade cobra o seu preço.
Já está cobrando: desemprego, inflação elevada, PIB em queda drástica e assim por diante. Não deixa de espantar que tais carentes de pensamento possam ainda se posicionar contra iniciativas que são, na verdade, de salvação nacional. Pensam que poderiam viver em um mundo em que a Lei da Gravidade não vigoraria.
Deveriam viajar para tal planeta. Se não possuem recursos suficientes, basta comprar uma passagem, sem direito de volta, para Cuba ou Venezuela. Lá, a Lei da Gravidade não tem nenhuma validade. Não esqueçam, levem alimentos e papel higiênico!