O caos se instalou no Brasil. Temos uma crise econômica, uma crise moral e, em decorrência de tudo isso, também uma crise de autoridade que tende a se aprofundar.
A agência internacional Moody's, última das classificadoras de risco a rebaixar o Brasil, previu que o nosso país ainda teria mais três anos ladeira abaixo. Onde vamos parar?
Em momentos de impasse como este, ou rapidamente dentro da institucionalidade se encontra uma saída, que é a mudança, ou a mudança vem num rompimento institucional. O crescimento de figuras políticas com discursos radicais é quase que uma resposta natural que brota do contexto psicossocial como grito de desespero, uma tábua de salvação no imaginário das pessoas. Também é uma resposta natural à frouxidão ética e moral que se estabeleceu em nosso país pós Constituição de 1988, onde se consagraram direitos, mas os deveres foram esquecidos. A profecia de Stanislaw Ponte Preta se concretizou e todos querem se locupletar. Corporações são insaciáveis e, quanto mais poder têm, mais querem para si. Auxílios de toda natureza, carga tributária que não para de crescer, estado de guerra civil, preços públicos mais que dobrados, a situação chegou ao limite.
E o que vem depois do 13? Por tudo isso que afirmei e por muito mais que sabemos e sentimos, não bastará apenas mudar a mandatária para que o "pensamento mágico" conserte todo este estado de coisas. É preciso mudar o pacto federativo, invertendo a pirâmide, fazendo com que o dinheiro fique nos municípios, depois nos Estados e a menor parte com a União. É preciso mudar o Judiciário brasileiro, imune a qualquer controle social, corporativo e ineficiente. É preciso rever o papel das Forças Armadas, que deveriam estar nas fronteiras combatendo o tráfico de drogas. É preciso instituir o voto facultativo. É preciso refundar o Brasil.