O seu José Carlos Zanette deve estar orgulhoso. Desde quando Carlo e Sandro Zanette eram adolescentes, ele já incentivava os filhos a se voltarem para o empreendedorismo. E, assim como o boteco de praia que a dupla comandava na juventude, o Z Café surgiu por um incentivo do pai.
Dezesseis anos depois da abertura da primeira unidade do agora restaurante na Padre Chagas, a marca ganhou força e, atualmente, já conta com oito lojas pela cidade. Mesmo em 2015, quando os ventos não estavam tão propícios para investimentos, os sócios abriram duas novas sedes e uma indústria alimentícia própria - com 15 funcionários trabalhando -, de onde saem os salgados e os doces da marca.
Leia mais notícias da Rede Social
Recém-chegados dos Estados Unidos, os irmãos receberam a coluna para contar os planos para 2016, que não são poucos. Além de uma reforma no restaurante do Shopping Iguatemi, para uma ampliação e um espaço kids, e a inserção de novos cardápios nas outras lojas, a marca acaba de inovar e criar um modelo próprio "takeaway".
Com duas já funcion ando - uma no Tecnopuc e outra no Carlos Gomes Center -, a ideia é que os clientes possam se servir: passar na geladeira, recolher o próprio alimento e ir ao balcão só para retirar a bebida.
Bem ao estilo de marcas consagradas pelo mundo, como Starbucks Coffee. À exceção de uma função extra: um totem foi instalado para autopagamento com cartão de débito e crédito.
- Queremos que, com isso, as lojas possam funcionar 24 horas. À noite ou na madrugada, o cliente pode retirar o produto, pagar e ir embora. Sei que teremos que confiar nas pessoas, mas estamos a fim de quebrar os paradigmas. Preferimos tentar e arriscar a ficar parados na inércia de se acomodar e não fazer as coisas - salienta Sandro.
Ousado? Talvez, mas os meninos estão pagando para ver (literalmente). E, agora, após assistirem ao bom andamento da indústria e terem o controle da qualidade dos produtos, sentem-se preparados para lançar o modelo de franquias do Z e, quem sabe, tornar-se uma rede em breve.
- A gente fez um esforço de investimento nesse modelo de negócio. E acreditamos que cabem, pelo menos, mais umas 10 lojas só em Porto Alegre. O objetivo final é a expansão da marca.
Sendo assim, o segundo semestre do ano deve ser para focar no sistema de franquia e testar o modelo "takeaway". Mirando 2017, os sócios salientam que visam à Grande Porto Alegre e ao interior do Estado.
Sobre a resistência que ainda parece se manter nos gaúchos sobre o modelo "to go", Carlos é positivo:
- O conceito do takeaway vai acontecer ao natural. A cidade vai crescendo, e as pessoas vão tendo mais pressa, é o perfil do consumo que vai mudando.