Nesta nossa tão maltratada Porto Alegre, que leva no nome um adjetivo que não corresponde à sua atualidade, vislumbra-se um alento: um pequeno grupo de artistas visuais acaba de criar a Bienal C, da Chico Lisboa. Fundada em 1938, a associação já passou por todo tipo de turbulência, e é mais uma vez geradora de um acontecimento que pretende movimentar a cidade. Duas centenas de artistas foram selecionados para participar de exposições em vários locais. E a escolha é farta: desde o Núcleo Histórico, no qual mestres que já nos deixaram se mesclam com artistas ainda em plena atividade, a outros núcleos, compostos por emergentes ou reconhecidos. Artistas há para todos os gostos. Esta mistura geral vai acontecer em paralelo à Bienal do Mercosul, cuja 10ª edição, além de prometer uma revisão da arte latino-americana, inclui um resgate parcial de nomes incontestes da arte do Rio Grande do Sul.
Artigo
Clara Pechansky: a valerosa Porto Alegre das duas bienais
Artista visual