A anunciada reforma ministerial encaminha-se para mais um processo constrangedor de acomodação de políticos aliados, com o objetivo escancarado de evitar o avanço de um eventual processo de impeachment. As mudanças, que a presidente Dilma Rousseff demorou a acatar apesar dos apelos de diferentes setores da sociedade, derivam agora mais para um episódio de clientelismo político, com prejuízos para a nação. Particularmente em situações graves como as registradas hoje, era de se esperar que o Planalto não continuasse dependendo de canetaços na tentativa de assegurar governabilidade. O apoio deveria ocorrer naturalmente se o país contasse com partidos baseados mais em programas do que em interesses pessoais.
Editorial