Cobertura dos alunos da Unipampa
Texto - Karine Bianchin
Vídeo - Karine Bianchin e Ricardo Martins Godoy
Trocas de experiências, debates e até mesmo jogo de opinião movimentaram o V Seminário de Atualidades em Jornalismo. Na quarta-feira (10), o bate-papo foi com o repórter Léo Gerchmann, da Zero Hora, que trouxe a “América Latina na Pauta Jornalística” para a Unipampa por meio do Projeto ZH na Faculdade. A proposta oferece aos acadêmicos novos panoramas sobre o mercado de trabalho, os desafios e as adversidades encontradas no cenário atual, com base nos depoimentos de profissionais da área. O evento contou com aproximadamente 70 participantes entre alunos e professores.
Redator, produtor, correspondente internacional, enviado especial, colunista e escritor, Gerchmann carrega em sua bagagem inúmeros relatos de experiências em redações dentro e fora do país, na cobertura de assustos da América Latina. Contando fatos de sua história como jornalista, Gerchmann conduziu o painel ZH. Entre perguntas e respostas, a conversa ganhou forma e a interação entre o representante do mercado de trabalho e as curiosidades da academia se complementaram.
Léo Gerchmann se apresenta como um entusiasta do futuro do jornalismo. Vê na profissão uma grande possibilidade de emancipação social. Ele diz que “o futuro da profissão é pelo conteúdo”. Não é somente ter informação, promover a instantaneidade com o uso das redes, se não é possível construir um material completo e confiável. Para se ter um bom produto com credibilidade, é essencial que se tenha qualidade. O convidado ressalta que é necessário pensar na ”questão analítica, interpretativa, são elas que levam a qualidade, pois o jornalismo é contar as coisas com qualidade, não interessa em qual plataforma” argumentou.
Entre as suas relações pessoais e profissionais no eixo Brasil-Argentina, o jornalista defini sua vinda a São Borja como oportunidade. Além de ressaltar que sentia-se “no lugar certo e na hora certa”, traduz essa expressão por observar no cenário onde a universidade está inserida, um grande potencial de interação binacional. Não só promover a cultura e expandir a região de fronteira, Gerchmann acredita ser necessário “aproveitar essa posição geográfica entre a América espanhola e a América Portuguesa, estamos no centro do cone sul” e isso deve repercutir na nossa cultura. Nesse contexto, completa, ter um polo de comunicação entre fronteiras é estímulo para o contato e a aproximação entre culturas, etnias e conteúdos.
É com o intuito de desenvolver histórias muito bem contadas que o jornalismo se caracteriza como construtor e formador de opinião. Sua função social de se aproximar das comunidades e transmitir a verdade é o que faz desse meio diferente. Levar a informação não é só um direito do cidadão, mas um dever do jornalista entregá-las com exatidão e confiabilidade.
Confira o roteiro e como foi a cobertura de alunos durante os encontros #ZHnaFaculdade 2017:
Dia 9 - manhã e noite
UFRGS (Porto Alegre) - 10h30min - Ticiano Osório e Carlos Rollsing "Caderno DOC e a investigação jornalística em ZH"
ESPM (Porto Alegre) – Paulo Germano – "Jornalismo fora da curva e senso de humor na política"
UCPel / UFPel (Pelotas) – Raquel Saliba – "Jornalismo multimídia: as mudanças na produção de imagens em uma redação digital"
UCPel / UFPel (Pelotas) – Raquel Saliba - "A ousadia de experimentar formatos diferentes é o mais importante", diz editora ZH
Unifra (Santa Maria) – Rodrigo Müzell – "Cante a sua aldeia – como o conteúdo local pode ajudar a salvar o jornalismo"
UniRitter (Fapa-POA) – Debora Pradella – "Apps Colorado e Gremista: cinco tendências digitais na palma da mão"
Dia 10 - tarde e noite
UFSM (Santa Maria) – Rodrigo Müzell – "Cante a sua aldeia – como o conteúdo local pode ajudar a salvar o jornalismo"
Unipampa (São Borja) – Léo Gerchmann – "A América Latina na pauta jornalística"
Dia 11 - noite
Unicruz (Cruz Alta) – Jefferson Botega – "Todo jornalista é um profissional de imagem"
IPA (Porto Alegre) – Diego Araujo – "A cobertura esportiva em ZH"
Unifin (Porto Alegre) – Nilson Vargas – "Os desafios dos novos jornalistas no mercado em transformação"
Dia 15 - noite
Feevale (Novo Hamburgo) – Rodrigo Lopes – "Jornalismo transmídia em zonas de guerra e de catástrofe"
Dia 16 - noite
Univates (Lajeado) – Juliana Bublitz – "O jornalismo de dados na reportagem diária"
Dia 17 - tarde e noite
Unijuí (Ijuí) – Humberto Trezzi – "O jornalismo investigativo"
UFSM (Frederico Westphalen) – Ticiano Osório – "O caderno DOC e a edição de reportagens especiais"
Unisinos (São Leopoldo) – Nilson Vargas – "Os desafios dos novos jornalistas no mercado em transformação"
Unisinos (Porto Alegre) – Tulio Milman – "Multimídia e os novos parâmetros da comunicação"
PUCRS (Porto Alegre) – Carlos Etchichury e Adriana Irion – "A investigação jornalística: os bastidores do Grupo de Investigação (GDI) do Grupo RBS"
UniRitter (Porto Alegre) – Rosane de Oliveira – "Informação exclusiva e opinião no jornalismo político"
Dia 22 - noite
Ulbra (Canoas) – Nathalie Córdova – "Como ZH se tornou o veículo campeão em engajamento nas redes sociais brasileiras"
UCS (Caxias do Sul) – Diogo Olivier – "O desafio do jornalista multimídia"
Urcamp (Bagé) – Bruno Alencastro – "Fotojornalismo em tempos de convergência"
Dia 24 - noite
Fadergs (Porto Alegre) – Marta Sfredo – "O dia a dia do jornalismo econômico em um país em transformação"
Dia 31 - noite
FSG (Caxias do Sul) – Marta Gleich – "A investigação jornalística: os bastidores do Grupo de Investigação (GDI) do Grupo RBS"
Dia 8 de junho - noite
Unisc (Santa Cruz do Sul) – Dione Kuhn - "A cobertura política do Brasil em ZH"