Logo nas primeiras rodadas do Brasileirão 2016, um fato incomum chamou a atenção da editoria de Esporte de Zero Hora: Grêmio e Inter estavam muito bem colocados no G-4, o grupo dos classificados para a Libertadores (que depois virou G-6, mas isso é outra história). A situação desafiava o que os gaúchos apelidaram de gangorra da dupla Gre-Nal, um estranho fenômeno que faz com que, quando um dos times está bem, o outro está mal. A reportagem que tratou do tema foi ilustrada com uma gangorra em que as duas pontas estavam em alta, uma delas sustentando um sorridente Mosqueteiro e a outra exibindo um alegre Saci. Durou pouco. Logo em seguida, Grêmio e Inter passaram a fazer campanhas irregulares, subindo e descendo na classificação, até que se configurou o quadro atual de colorados em pânico à beira do rebaixamento e gremistas numa posição intermediária – mas pouco ligando para isso, pois estão a ponto de comemorar o título da Copa do Brasil.
Carta do Editor
Dias de gangorra
No futebol, vale a mesma regra das finanças públicas, dos rankings da educação ou das estatísticas da violência
Nilson Vargas
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