O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União divulgou, nesta sexta-feira (9), um balanço das ações de combate à corrupção nos últimos anos. De 2003 até o momento, 6,1 mil pessoas foram expulsas do serviço público federal. Do total, 65% tinham envolvimento com corrupção, somando quase 4 mil servidores.
No mesmo período, foram deflagradas 247 operações de combate à corrupção, totalizando R$ 4 bilhões recuperados. Em coletiva de imprensa, o secretário-executivo do Ministério da Transparência, Wagner Rosário, explicou que a maiorias das irregularidades ocorre em municípios com alto nível de pobreza, medido pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
“Os estudos mundiais mostram o ciclo vicioso da corrupção, onde se caracteriza uma grande desigualdade social, um sentimento de distância do cidadão. Ele não se sente parte da sociedade, e isso faz com que este ciclo condene estas pessoas ao subdesenvolvimento”, avaliou.
Os dados mostram que 67% dos atos de corrupção investigados pelo órgão atingem as áreas de saúde e educação. Entre os problemas mais comuns estão: desvios em obras e merenda escolar, empreendimentos inacabados, além de verba mal aplicada em medicamentos.
O número de expulsões se manteve estável nos últimos anos.
As investigações também geram punições para empresas. De 2003 até agora, 1.104 foram responsabilizadas pelo ministério, sendo 30 por envolvimento na Operação Lava Jato. O levantamento também mostra que três empresas foram impedidas de fazer contratos com o setor público: Mendes Júnior, Skanska e Iesa.
Nesta sexta, é celebrado o Dia Internacional contra a Corrupção.