O porta-voz da presidência da República, Alexandre Parola, informou, nesta segunda-feira (21), que o ministro Geddel Vieira Lima permanecerá à frente da Secretaria de Governo. O Palácio do Planalto não comentou as denúncias do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero.
Na sexta passada, Calero pediu demissão sob o argumento de que estava sendo pressionado por Geddel para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) liberasse um empreendimento imobiliário na Bahia.
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República abriu por unanimidade processo para apurar a conduta do ministro. Em reunião realizada na manhã desta segunda-feira, um dos conselheiros chegou a pedir vista, mais tempo para analisar o processo, mas mudou de ideia durante nova reunião que foi feita nesta tarde. No Senado, o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), defendeu agilidade na apuração.
"O ministro já fez gestões de que o pedido de vista fosse retirado para que pudesse ser julgado rapidamente. Interessa ao ministro Geddel e ao governo que isso seja esclarecido. É um fato pontual que não deve atrapalhar o funcionamento do governo", opinou.
Parlamentares da oposição encaminharam à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma medida cautelar pedindo o afastamento de Geddel do governo e a apuração dos supostos crimes cometidos por ele.