O prefeito de Sapucaia do Sul é réu em ação que tramita no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Vilmar Ballin (PT) é acusado de contratar servidores com cargos em comissão em troca de votos e para trabalhar na sua campanha à reeleição em 2012. Segundo a denúncia, 27 CCs trabalhavam para a campanha no momento em que deveriam estar cumprindo expediente.
"Em julho de 2012, o prefeito de Sapucaia do Sul, candidato à reeleição, Vilmar Ballin, de forma ilegal, uma vez que em período vedado e em afronta aos termos do Acórdão nº 70049370125, que vedava qualquer contratação mediante Decreto Municipal, ofereceu a ....cargos comissionados na Administração Pública do Município em troca dos seus votos, filiação partidária e participação na sua campanha eleitoral", descreve o procurador regional eleitoral substituto Maurício Gotardo Gerum.
Esse ex-funcionário ouvido pelo repórter Giovani Grizotti, da RBS TV, diz que aceitou o emprego, mas se recusou a fazer campanha para o prefeito.
"O prefeito me pressionou para mim fazer campanha para ele, para a reeleição dele e eu disse que não ia fazer. Daí ele disse: bom, que não fizer, vai embora. E aí ficou me ameaçando um tempo. Desde abril, maio para fazer campanha. Eu disse que não ia e ele foi demitindo alguns e chegou a minha vez, onde ele mandou me demitir, né", disse o homem.
A Rádio Gaúcha aguarda entrevista com o prefeito. À RBS TV, ele disse que ainda não foi intimado e classificou o caso como "fantasia e armação da oposição, que não se convenceu de ter perdido a eleição de 20 mil votos de diferença".
Segundo o procurador, os CCs contratados substituíram, em grande parte, servidores filiados a partido de oposição ao prefeito. Logo após a reeleição, ele foram dispensados aos poucos. O procurador regional eleitoral pede a condenação de Vilmar Ballin nas penas do Art. 299 do Código Eleitoral, que prevê prisão de até quatro anos e multa.
Denúncia do MP cita prefeito e CCs envolvidos: