Um dos líderes dos rodoviários de Porto Alegre foi demitido da empresa onde trabalhava por justa causa. Segundo a Carris, Alceu Weber apresentou um atestado médico falso para comprovar seu afastamento de cinco dias do trabalho em maio. De acordo com o procurador da empresa Pedro Osório Rosa Lima, com base no carimbo e na assinatura do médico, um representante da Carris foi até o consultório desse profissional, que garantiu que nunca havia atendido Alceu Weber.
“A CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) prevê as hipóteses em que o empregado possa ser demitido por justa causa. Está lá no artigo 482. Um deles é o ato de improbidade. O uso de atestado falso, Além de ser um crime previsto no Código Penal Brasileiro, ele é um ato de improbidade, porque ele quebra a confiança do empregador no empregado. Então por essa razão a falta é grave e a empresa decidiu assim como nos outros casos aplicar a sanção de demissão”, justifica o procurador.
A Carris passou a adotar uma esquema de conferência junto aos médicos, em razão do aumento da apresentação de atestados médicos apresentados para validar afastamento do trabalho. Outros dois funcionários foram demitidos neste ano pelo mesmo motivo e um outro caso está sendo investigado. O médico, que não teve o nome divulgado pela Carris, declara em texto que nunca atendeu o agora ex-funcionário.
Alceu Weber era motorista da Carris havia quase 17 anos. Atualmente ocupava o cargo de monitor de terminal de linha. Ele ganhou visibilidade nos últimos anos por coordenar comissão de negociação durante greves dos rodoviários e fazendo oposição à atual diretoria do Sindicato dos Rodoviários. Uma notícia crime será apresentada pela Polícia Civil na segunda-feira. Weber é um dos quatro cabeças de chapa que vão disputar a eleição para nova diretoria do Sindicato dos Rodoviários.
Alceu Weber não foi encontrado pela reportagem da Rádio Gaúcha.