Emocionado com a morte do líder do PSB e candidato à presidência da República, Eduardo Campos, Beto Albuquerque afirmou na manhã desta quinta-feira, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, que ainda é cedo para apontar o sucessor do político pernambucano na disputa presidencial. No entanto, para Beto o nome mais natural é o de Marina Silva, que concorria a vice na chapa de Campos.
“O nome de Marina parece o mais natural, mas com um abalo desses, não sabemos ainda”, disse Beto, que concorre ao Senado Federal pelo Rio Grande do Sul. Ele também reforçou que não conversou com Marina ainda sobre o assunto.
Segundo ele, nada será definido até que seja concluído o sepultamento de Campos. “Temos que conversar internamente. Não vamos fazer isso agora, até que esse processo seja resolvido”, ressaltou. “Depois disso teremos a possibilidade de conversar com os demais partidos para decidir”, disse.
"O prazo eleitoral é muito curto, mas precisamos esperar passar esse momento", enfatizou. De acordo com a legislação eleitoral, a coligação tem um prazo de 10 dias para indicar o sucessor na corrida pela presidência.
Morte de Campos
O candidato à presidência da República Eduardo Campos, 49 anos, morreu em acidente aéreo na manhã no dia 13 de agosto, em Santos, no litoral de São Paulo. O jato particular onde o político estava caiu sobre uma área residencial e atingiu três casas. Outras seis pessoas morreram na tragédia.
De acordo com a Aeronáutica, a aeronave era um Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, que havia decolado do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o jato.
Nascido em Recife, em 10 de agosto de 1965, Eduardo Henrique Accioly Campos era economista. Em sua trajetória, foi secretário estadual, deputado federal, ministro da Ciência e Tecnologia e governador de Pernambuco por dois mandatos. Em abril deste ano, renunciou ao cargo para concorrer à Presidência, um ano após o seu partido, o PSB, romper com o governo Dilma.
Eduardo Campos era candidato pela coligação Unidos Pelo Brasil, que congregava seis partidos, tendo como vice a ex-senadora Marina Silva. Nas pesquisas, aparecia em terceiro lugar na disputa pelo Palácio do Planalto.
Campos era casado com a economista e auditora do Tribunal de Contas do Estado Renata Campos, com quem teve cinco filhos.
Ouça a entrevista de Beto Albuquerque ao Gaúcha Atualidade