O comércio reabriu na manhã deste sábado (10), em Faxinalzinho, no norte gaúcho. Ontem, lojistas fecharam as portas após a prisão de cinco indígenas suspeitos da morte de dois agricultores há quase duas semanas. Havia o temor que indígenas de outras aldeias se deslocassem para a cidade para protestar contra as prisões, o que não se confirmou até o momento. Dois ônibus chegaram nesta madrugada a Nonoai, a 22 quilômetros de Faxinalzinho, mas seria para participar de um casamento na reserva que existe no município.
O efetivo da Brigada agilizar foi reforçado pelo Batalhão de Operações Especiais (BOE) de Passo Fundo que faz rondas ostensivas na região. Até o momento, não foram registrados bloqueios de estradas e a rotina nas aldeias indígenas parece inalterada.
Nesta manha, representantes do governo estadual estiveram na cidade para tentar conversar com o prefeito Selso Pelin, mas ele não apareceu. O secretário de Desenvolvimento Rural, Elton Scapini, voltou a lamentar a ação da Polícia Federal que prendeu os índios durante reunião de diálogo. "Dificultou muito a construção de uma solução na reunião do dia 22 em Brasília. Mas continuaremos apostando na conversa para chegarmos a uma solução que atenda índios e agricultores", declarou.