O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira (7) a captura de sete "mercenários", entre os quais há dois cidadãos americanos, dois colombianos e três ucranianos.
Estas novas denúncias de planos para provocar violência, que são habituais por parte do governo venezuelano, antecedem a posse de Maduro, na sexta-feira, para um terceiro mandato consecutivo de seis anos (2025-2031), entre denúncias de fraude de sua reeleição.
"Somente no dia de hoje capturamos, neste momento, sete mercenários estrangeiros, incluindo dois importantes mercenários dos Estados Unidos", disse Maduro em um ato político. "Vinham para desenvolver ações terroristas contra a paz".
"Dois pistoleiros colombianos capturados", acrescentou Maduro, "e três mercenários que vinham da guerra da Ucrânia para trazer violência ao país".
O governo venezuelano anunciou ontem a captura de outras 125 pessoas. "As operações continuam", advertiu. "Temos que estar atentos e preparados."
A oposição convocou protestos para a quinta-feira, que serão liderados pela opositora María Corina Machado, atualmente na clandestinidade.
As autoridades venezuelanas mobilizaram um grande esquema de segurança para a posse de Maduro, com policiais encapuzados nos acessos de Caracas e nos arredores do palácio de governo e do Parlamento. A estações do metrô da capital estão sendo vigiadas por agentes armados.
A reeleição de Maduro provocou protestos que tiveram como saldo 28 mortos, 200 feridos e mais de 2.400 detidos, incluídos adolescentes, que também foram acusados de terrorismo e mandados para prisões de segurança máxima. Cerca de 1.500 foram liberados.
* AFP