A Rússia realizou um ataque com mais de 70 mísseis e cem drones contra a infraestrutura elétrica da Ucrânia nesta quarta-feira (25), informou o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski. Ao menos uma pessoa morreu e seis ficaram feridas, informaram as autoridades.
Segundo Zelenski, as forças armadas da Ucrânia abateram ao menos 50 mísseis e um número significativo de drones, apesar do impacto sobre o sistema energético.
De acordo com a operadora DTEK, maior empresa privada de energia do País, uma de suas usinas termoelétricas foi atingida no que seria o 13º ataque à rede ucraniana neste ano. Já a operadora estatal de energia da Ucrânia, Ukrenergo, informou ter realizado cortes preventivos em todo o país por conta do ataque, levando à interrupção do fornecimento de eletricidade em vários distritos.
Segundo o ministro da Energia ucraniano, Herman Halushchenk, as medidas foram tomadas para limitar o consumo a fim de minimizar as consequências negativas para o sistema.
Ataque durante o Natal
Zelenski ressaltou que o presidente russo Vladimir Putin "escolheu deliberadamente" realizar o ataque no dia em que é celebrado o Natal.
As autoridades de Kharkiv, a segunda maior cidade do país, perto da fronteira com a Rússia, relataram "pelo menos sete bombardeios" na localidade.
Seis pessoas ficaram feridas, informou o governador da região, Oleg Sinegubov, no Telegram.
O ataque também atingiu a região de Dnipropetrovsk, no centro-leste. O governador Sergii Lisak afirmou que uma pessoa morreu no bombardeio.
Segunda comemoração de Natal em 25 de dezembro
Os ataques acontecem no dia 25 de dezembro, quando a Ucrânia celebra, pela segunda vez em sua história moderna, o Natal, assim como os países ocidentais, e não em 7 de janeiro, como no calendário juliano seguido pela Igreja Ortodoxa Russa.
A mudança da data do Natal foi oficializada em 2023 por uma lei promulgada por Zelensky, um ato de desafio à Rússia.