Os Estados Unidos repatriaram dois homens malaios da prisão da Baía de Guantánamo, restando assim 27 detentos mantidos na base americana em Cuba, informou o Departamento de Defesa nesta quarta-feira (18).
Mohamed Farik bin Amin e Mohamed Nazir bin Lep se declararam culpados "de vários crimes, incluindo assassinato em violação da Lei de Guerra, provocar de maneira intencional lesões corporais graves, conspiração e destruição de propriedade em violação da Lei de Guerra dos EUA", disse o Departamento de Defesa em um comunicado.
No entanto, o Departamento disse que eles cooperaram e prestaram depoimento contra o suposto mentor dos ataques de 2002 a boates em Bali e do ataque de 2003 a um hotel em Jacarta, na Indonésia.
Foram aprovadas sentenças de aproximadamente cinco anos de detenção para ambos e foi recomendado que eles "fossem repatriados ou transferidos para uma terceira nação soberana para cumprir o restante da sentença aprovada", acrescentou o Departamento.
Com o anúncio de sua libertação - que ocorreu um dia depois que o Departamento de Defesa informou que um cidadão queniano havia sido repatriado - 27 detentos permanecem em Guantánamo, uma prisão que foi inaugurada após os ataques ao World Trade Center em 2001 e inicialmente abrigava 800 detentos.
O presidente democrata Joe Biden prometeu, antes de sua eleição em 2020, que fecharia Guantánamo. No entanto, o centro de detenção continua aberto pouco mais de um mês antes do fim de seu mandato.
* AFP