O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou nesta sexta-feira (22) o início da produção em série do míssil hipersônico "Oreshnik", depois que o Exército russo utilizou este armamento para bombardear a cidade ucraniana de Dnipro.
"Temos que iniciar a produção em série. A decisão [...] já foi tomada", declarou Putin, elogiando a "força particular e a potência desta arma", em uma reunião com altos comandos militares.
Putin disse, ainda, que a Rússia continuará realizando testes com o Oreshnik ("avelãzeira", em russo), "em condições de combate".
"Prosseguiremos com estes testes, inclusive em condições de combate, em função da situação e da índole das ameaças para a segurança da Rússia", declarou.
O presidente também garantiu que Moscou possuía uma "reserva" destes mísseis, "prontos para uso", e afirmou que "mais ninguém no mundo" dispõe atualmente deste tipo de armamento.
Segundo Putin, o desenvolvimento destes mísseis é "de vital importância" para a Rússia, frente às "novas e crescentes ameaças".
O "Oreshnik" é um míssil balístico com capacidade nuclear, "de médio alcance", o que significa que pode atingir alvos situados entre 3.000 e 5.500 quilômetros.
Putin confirmou na quinta-feira que, em resposta aos bombardeios ucranianos com mísseis ocidentais, a Rússia disparou este novo tipo de míssil balístico hipersônico, sem carga nuclear, contra uma instalação militar em Dnipro, no centro-leste da Ucrânia.
* AFP
