Os promotores de Nova York decidiram, na terça-feira (19), adiar procedimentos no caso de suborno pago por Donald Trump a uma atriz pornô, enquanto o presidente eleito dos Estados Unidos busca a retirada das acusações — medida que pode levar a um longo atraso em sua sentença para 34 acusações criminais por fraude contábil.
O promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, democrata que apresentou o caso em 2023, afirmou que fazia sentido adiar a sentença de Trump até que os últimos argumentos do ex-presidente fossem resolvidos.
A equipe jurídica do republicano tentou repetidamente anular o caso, mas está fazendo um esforço renovado após sua eleição para um segundo mandato presidencial.
Bragg também disse que o juiz deveria considerar várias opções, incluindo o adiamento de todos os processos criminais restantes até o final do próximo mandato.
Um porta-voz de Trump chamou o pedido de Bragg de "uma vitória total e definitiva" para o recém eleito presidente.
— A promotoria de Manhattan admitiu que essa caça às bruxas não pode continuar — disse.
Relembre o caso
Donald Trump foi condenado por subornar uma atriz pornô com verbas não declaradas durante a sua campanha pela Casa Branca em 2016.
Na ocasião, Michael Cohen, então agente de Trump, teria pago clandestinamente US$ 130 mil à atriz pornô Stormy Daniels para que ela não tornasse pública sua ligação sexual com Trump.
Trump teria classificado falsamente os reembolsos a Cohen como despesas legais para encobrir o pagamento às vésperas da campanha eleitoral. Ele nega o encontro com a ex-atriz pornô.