Já passa de 200 o número de mortos pela enchente que atingiu a Espanha na terça-feira (29). De acordo com um comunicado do governo local, divulgado nesta sexta-feira (1º), só em Valência são 202 óbitos.
Outras três pessoas morreram nos Estados vizinhos de Castilla-La Mancha e Andaluzia. As informações são do g1.
As autoridades espanholas também confirmaram que ainda há dezenas de desaparecidos. O ministro dos Transportes chegou a afirmar que muitas pessoas ficaram presas dentro de carros.
Nesta sexta-feira, o governo espanhol determinou o envio do exército para a região, para ajudar na limpeza de ruas e no envio de alimentos a moradores do sul de Valência, a parte mais afetada pela enchente.
Mudanças climáticas impactam a região
De acordo com meteorologistas espanhóis, a intensidade das chuvas está associada ao aumento da temperatura no mar Mediterrâneo, onde se localiza a costa de Valência. Cientistas relacionam esse tipo de evento às mudanças climáticas, que também foi responsável por uma seca severa no início deste ano na Espanha.
Apesar de serem comuns tempestades nessa época do ano, a força e a recorrência do fenômeno podem se intensificar. O resultado é visto na prática, já que a enchente é considerada a maior a atingir a região nas últimas décadas, segundo a Agência Meteorológica Espanhola.
A tragédia mobiliza mais de mil soldados das unidades de resgate de emergência da Espanha na busca por corpos e sobreviventes.
Na década de 1950, Valência chegou a ficar devastada por uma enchente, que deixou mais de 80 mortos. Na época, uma chuva transbordou o Rio Túria, que atravessa a cidade.