Donald Trump fez um discurso carregado de teorias da conspiração, dois dias antes da eleição presidencial. Em sua fala, ele mencionou repórteres sendo baleados e sugeriu que "não deveria ter saído" da Casa Branca após sua derrota em 2020 para o democrata Joe Biden.
Em declarações neste domingo (3), que não tiveram nenhuma semelhança com o seu discurso padrão na fase final da campanha, o ex-presidente repetidamente lançou dúvidas sobre a integridade da votação e ressuscitou antigas queixas sobre ter sido processado depois de tentar anular a sua derrota há quatro anos.
Trump intensificou os seus ataques verbais contra uma liderança nacional "grosseiramente incompetente" e contra os meios de comunicação social norte-americanos, direcionando o seu comício na Pensilvânia, a certa altura, para o tema da violência contra membros da imprensa.
O ex-presidente ainda lamentou o vidro à prova de balas que o cerca em seus comícios desde o atentado contra ele, que ocorreu em julho, e sugeriu que não se importaria se, para atingi-lo, atirassem em profissionais da imprensa.
— Temos essa peça de vidro aqui, mas tudo o que realmente temos aqui é a fake news (referindo-se aos profissionais de imprensa). E, para me acertar, alguém teria que atirar através da fake news. E isso não me incomoda tanto assim — disse Trump, em Lititz, Pensilvânia, neste domingo.
Trump apontou para os diferentes painéis de vidro que o cercam e indicou algumas fazendas e prédios atrás dele, dizendo que precisava de vidro lá.
— Alguém checou aqueles prédios? — indagou.
O atirador no comício de Trump em Butler, Pensilvânia, em julho, posicionou-se no topo de um prédio próximo ao comício ao ar livre onde o candidato falava, permitindo que ele mirasse no ex-presidente.