Pyongyang apoiará a Rússia até à "vitória" na Ucrânia, disse nesta sexta-feira (1º) a ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte, ao se reunir com seu homólogo russo, Sergei Lavrov, em Moscou.
"Reforçamos que estaremos sempre ao lado dos nossos camaradas russos até ao dia da vitória", declarou Choe Son Hui.
As declarações são divulgadas em meio a temores da Ucrânia e das potências ocidentais de que a Coreia do Norte envie soldados para a ex-república soviética, onde Moscou lançou uma ofensiva em fevereiro de 2022.
"Não há dúvida de que sob a sábia liderança do presidente russo, Vladimir Putin, o Exército e o povo russos alcançarão uma grande vitória", disse o ministra norte-coreana.
Seu homólogo russo elogiou a cooperação militar entre os dois países. "Os Exércitos e os serviços especiais dos dois países estabeleceram relações próximas", disse Lavrov.
"Isso também nos permitirá resolver objetivos de segurança importantes para os nossos cidadãos e para os seus", acrescentou.
Os deputados russos votaram com unanimidade em outubro pela ratificação do "Acordo de Parceria Estratégica Abrangente" com a Coreia do Norte.
O pacto prevê "ajuda militar imediata" em caso de agressão armada por parte de terceiros países.
O Exército ucraniano controla centenas de km² de território russo desde o lançamento da sua ofensiva surpresa no início de agosto na região de Kursk.
O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, indicou na quinta-feira que dos 10 mil soldados norte-coreanos que, segundo Washington, entraram na Rússia, cerca de 8 mil foram posicionados na região de Kursk, na fronteira com a Ucrânia.
A Coreia do Norte aumentou as tensões com o lançamento de um míssil balístico, com o objetivo de reforçar sua capacidade de dissuasão nuclear.
Choe Son Hui afirmou neste sentido que seu país "fortalecerá seu arsenal nuclear".
A Rússia e a Coreia do Norte reforçaram suas relações desde que Moscou lançou sua ofensiva na Ucrânia.
As potências ocidentais acusam Pyongyang de fornecer grandes quantidades de projéteis e mísseis aos militares russos.
* AFP