Ao menos cinco pessoas morreram em um bombardeio israelense, nesta segunda-feira (18), em um bairro densamente povoado no centro de Beirute, o terceiro em dois dias na capital libanesa, informou o Ministério da Saúde libanês.
Um corresponsente da AFP no local ouviu duas explosões no bairro de Zuqaq al Blat, que abriga um grande número de deslocados de bombardeios israelenses contra redutos do movimento islamista Hezbollah.
"O ataque do inimigo israelense em Zuqaq al Blat deixou cinco mortos e 24 feridos", informou o ministério em um balanço provisório.
O bombardeio ocorreu a cerca de 400 metros do Grand Serail, sede do gabinete do primeiro-ministro, e perto de uma área que abriga várias embaixadas.
"Um drone inimigo impactou próximo de Al Zahraa Huseiniya", reportou a agência oficial de notícias NNA (na sigla em inglês), em alusão a um local de culto xiita.
O exército israelense bombardeou sem aviso prévio, ao contrário do que costuma fazer antes de seus ataques.
Ambulâncias seguiam rumo ao bairro densamente povoado, que foi isolado pelo exército, segundo um jornalista da AFP, que constatou importantes danos no térreo de um pequeno imóvel situado atrás de Al Zahraa Huseiniya.
Vários deslocados residem no edifício vizinho ao imóvel atingido, segundo o repórter.
No domingo, dez pessoas morreram em dois bombardeios israelenses no centro de Beirute.
Em um deles, morreu o encarregado de imprensa do Hezbollah, Mohamad Afif, e quatro de seus colegas. O segundo, que deixou três mortos, ocorreu em um bairro próximo a Zuqaq al Blat.
No começo de outubro, ao menos seis pessoas morreram em um bombardeio israelense que atingiu um centro de emergência do Hezbollah, no bairro vizinho de Bashura.
No fim de setembro, Israel lançou uma campanha maciça de bombardeios e uma ofensiva terrestre no Líbano contra a milícia xiita.
Mais de 3.510 pessoas morreram no Líbano desde o início das hostilidades entre o Hezbollah e Israel, em outubro de 2023, a grande maioria desde o início da escalada em setembro, segundo as autoridades libanesas.
* AFP